Após visitarmos o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em particular a Exposição "A Aventura da Terra", reformulámos e completámos as nossas hipóteses iniciais com as provas e conteúdos recolhidos em contexto real.
1. Há vida noutros planetas?
É possível
que exista vida noutros planetas.
A
probabilidade de existir vida noutros planetas é enorme, tendo em conta as
dimensões do Universo. Assim como a Terra apresenta condições necessárias para
o aparecimento e desenvolvimento de vida, nós acreditamos que no meio de tantas
estrelas e possíveis planetas que as orbitam, haverá com certeza um ou mais
planetas que apresentem estas mesmas condições.
Na Terra existem
organismos que conseguem viver em situações extremas de calor, frio e até no
vácuo. Já foram encontrados seres que conseguem viver sem oxigénio junto de
aberturas vulcânicas extremamente quentes, no fundo do oceano, nas piscinas de
água salobra nos Andes, e nos lagos congelados do Ártico. Existem também
pequenos seres chamados tardígradas (grupo de animais microscópicos
invertebrados de corpo cilíndrico), que conseguem sobreviver no vácuo do espaço. Assim,
temos algumas evidências de que a vida pode prosperar em atmosferas diferentes
da Terra. Por outras palavras, sabemos que a vida poderá existir em condições
idênticas já observadas em planetas e luas. No entanto,
essas formas de vida até podem ser diferentes das que nós conhecemos e, por
isso, as condições que levam à existência de vida sejam um pouco diferentes.
Desta questão advém uma
segunda: onde haveria vida?
No Sistema
Solar, sabemos que há vida na Terra, mas não sabemos se há vida noutro planeta.
Pelo menos não há evidências de vida noutro lugar do Sistema do qual fazemos
parte. Há possibilidades de pequenas formas de vida, como no subsolo de Marte
(fig. 1.1), uma vez que, de acordo com os pesquisadores Charley Lineweaver e a
sua equipa da Universidade Nacional da Austrália, "Vastas regiões de Marte
são compatíveis com a vida terrestre na comparação das temperaturas e da
pressão terrestre com as que se encontram no planeta Marte". A escassa
pressão e as temperaturas de 60º C abaixo de zero não permitiriam, por exemplo,
a formação de água líquida na superfície de Marte, mas nas profundidades do
subsolo, porém, existem condições para a existência de vida microbiana.
Também o
oceano interno de Europa, uma lua de Júpiter (fig. 1.2) é um dos lugares onde os cientistas acreditam
que pode haver condições semelhantes às que foram encontradas num lago da
Antártida, onde micróbios vivem num ambiente escuro com temperaturas que podem
chegar aos -13º C. Existem também indícios recém-descobertos de que bolsas de
gelo e água possam existir na referida lua, com condições parecidas às
encontradas na Antártida.
Em
suma, pode existir vida em qualquer ponto do Universo, desde que existam
condições para tal.
Fig. 1.1 - Estrutura
interna de Europa
Existe, atualmente, uma expedição
da NASA em Marte, com o auxílio do robô Curiosity.
Este robô foi lançado no dia 26 de Novembro de 2011 e aterrou na superfície de
Marte no dia 6 de Agosto de 2012, com o objetivo de procurar formas de vida
microbiana em Marte.
Recentemente, o JPL (Jet Propulsion Laboratory, centro
tecnológico responsável
pelo desenvolvimento e manuseamento de sondas espaciais não
tripuladas pertencente à NASA) realizou uma conferência de imprensa para fazer
o ponto de situação sobre a primeira utilização de todos os instrumentos do
robô. Nessa conferência de imprensa disse ainda que: “Uma classe de substâncias cuja existência o Curiosity está a procurar são os
compostos orgânicos – produtos químicos que contêm carbono e podem por isso ser
os ingredientes essenciais à vida. Mas nesta fase da missão, os instrumentos do
robô não detetaram qualquer indício conclusivo da existência de compostos
orgânicos em Marte.” (Fig.1.2)
Fig. 1.2 - Marte
Para saber um pouco mais...
O vídeo
que se segue é uma animação sobre o lançamento e a aterragem do robô Curiosity, em Marte:
Num futuro relativamente próximo (finais de
século XXI) o planeta Terra vai-se apresentar muito mais quente, devido ao
aquecimento global. Este aumento de temperatura deve-se essencialmente à
degradação da camada de ozono existente na atmosfera terrestre, provocada pelo
uso excessivo de CFS’s (clorofluorcarbonetos) pelo Homem.Os CFS´s, uma vez lançados no ar,
danificam a camada de ozono, que absorve uma parte das radiações ultravioletas
que incidem na Terra. Sem esta camada
haverá um aumento de temperatura que decorre do efeito de estufa que é o que mantém
o calor no interior da Terra. (Fig. 2.1)
Fig. 2.1 - Estimativa para as mudanças de temperatura na terra
ao longo dos anos
Pensa-se, que daqui a 100 anos, a temperatura
média terrestre poderá subir até 5ºC. Cidades como o Rio de Janeiro ou países
Africanos que atualmente apresentam temperaturas de 40º C no Verão, em 2100
poderão chegar aos 50º C. Existirão tempestades, secas e incêndios com mais frequência o nível do mar poderá aumentar cerca de meio metro como consequência
do degelo dos pólos (Fig. 2.2) e a
desfloração provocada pelo Homem causará a menor quantidade e qualidade
do oxigénio em 2100.
Fig. 2.2 - Terra daqui a 100 milhões de anos. Consequências do
degelo
Segundo a ONU, através de uma estimativa algo
“assustadora”, em 2100 o Mundo apresentará uma população constituída por mais
de 10 mil milhões de habitantes (devido ao súbito crescimento das populações
nos países em desenvolvimento, que apresentam elevadas taxas de natalidade) e
desses, 23% estarão acima dos 65 anos.
Toda a Biosfera, vai ser prejudicada, estando em risco a extinção de muitas espécies que com o aumento da temperatura e com o degelo dos pólos a ele associado, levará à extinção de algumas espécies que têm como habitat os pólos, como é o caso do Urso polar, ameaçado pelas alterações climáticas e pela consequente perda de habitat (Fig. 2.3).
Toda a Biosfera, vai ser prejudicada, estando em risco a extinção de muitas espécies que com o aumento da temperatura e com o degelo dos pólos a ele associado, levará à extinção de algumas espécies que têm como habitat os pólos, como é o caso do Urso polar, ameaçado pelas alterações climáticas e pela consequente perda de habitat (Fig. 2.3).
Fig. 2.3 - Imagem de um urso polar, ilustrando a perda de
habitat.
Para que as piores previsões não aconteçam, e a
temperatura não aumente como o previsto, podem ser tomadas algumas precauções,
tais como:
- Diminuir o uso de combustíveis
fósseis (exemplos:
gasolina, diesel, querosene);
- Fomentar o uso de catalisador
nos escapes automóveis, motas e camiões, como em algumas cidades de Portugal se
faz, ou evitar o uso destes tipos de transporte, passando a usar a bicicleta ou
o metro;
- Instalação de sistemas de
controlo sobre a emissão de gases poluentes, um maior cumprimento das metas
definidas pelo protocolo de QUIOTO.
- Aumentar a utilização de
energia que provém de fontes limpas e renováveis (exemplos: eólica, solar)
e evitar ao máximo a utilização de energia que provém de centrais
termoelétricas, pois usam combustíveis fósseis;
- Usar
ao máximo a iluminação natural dentro de edifícios;
-
Evitar a desflorestação e, se possível, implementar programas de reflorestação
e arborização;
-
Evitar a emissão de dióxido de carbono, usando técnicas limpas e avançadas na
agricultura;
-
Implementação de sistemas nos edifícios que visem economizar energia (uso da
energia solar para aquecimento da água e refrigeração).
Um
maior isolamento dos edifícios, por forma a poupar energia.
Para saber um pouco mais..
O vídeo que se segue ilustra o planeta Terra daqui a 100 milhões de anos, como consequência do degelo:
3. Será o Universo limitado ou ilimitado?O vídeo que se segue ilustra o planeta Terra daqui a 100 milhões de anos, como consequência do degelo:
Existem várias teorias que tentam responder a esta pergunta
complexa, pois alguns cientistas acreditam que o Universo é finito, e para
explicar isso, recorrem a uma teoria relacionada com a Terra, ou seja, tal como
ela, o Universo é infinito em longitude, mas não em altitude, uma dessas teorias
é a de que o Universo é finito mas ilimitado.
O
Universo é finito devido ao facto de ter uma origem, o Big Bang, que foi um acontecimento que se deu no espaço e no tempo.
Portanto, se tem uma origem, não pode ser infinito, logo, é finito.
Em
relação ao facto de o Universo ser limitado ou ilimitado, nós achamos que é
ilimitado. Chegámos a esta conclusão através do exemplo da Terra: quando
andamos na superfície terrestre, nunca nos deparamos com o fim, ou seja, é
ilimitado, mas mesmo assim a Terra é finita, pois chega a uma altura que
repetimos o local por onde passamos (finito). Mas esta é uma pergunta bastante
complexa.
De
acordo com Joseph Silk, cosmólogo, os dados recolhidos pelo
observatório Planck na missão PR-15
2010 da ESA (European Space Agency)
mostraram que o universo é extremamente próximo de ser euclidiano. (Fig. 3.1).
Fig. 3.1 - Imagem captada pelo observatório planck sobre vista completa do “céu”
Explica
que o formato do universo está relacionado com a quantidade de matéria que
existe nele e, se houver matéria suficiente para 'segurar' o cosmos gravitacionalmente (assim como existe matéria suficiente na Terra para mantê-la
coesa na forma de um planeta), o universo teria o formato de uma esfera com um
espaço finito. Se não existir matéria suficiente para manter a coesão dessa
esfera, o universo teria um formato aberto, como o de uma mangueira cortada ao
meio. Contudo, os dados recolhidos até agora mostram que a quantidade de
matéria que existe no universo não é grande o suficiente para fechá-lo numa
esfera, nem pequena demais, de modo que ele tenha um formato curvo e aberto.
Isso quer dizer que a geometria do universo se assemelha ao de uma folha de
papel infinita em todas as direções. Ou seja, duas partículas que viajam em
paralelo jamais se encontrarão ao atravessar o universo.
4. Irão surgir novas espécies?
Devido às alterações na
Atmosfera, na Biosfera, na Geosfera e na Hidroesfera, o aparecimento de novas
espécies é muito provável, como aconteceu na Terra Primitiva. No início da
Terra Primitiva apenas existiam formas de vida simples e básicas, mas com a evolução,
a Terra tornou-se um lugar extremamente complexo, com as suas inúmeras formas
de vida, todas tão diferentes. Desta forma, consoante as alterações que a Terra
sofre, é possível surgirem mais espécies. “O presente é a chave do passado”
James Hutton
Fig. 4.1 - Cartaz sobre "Condições que permitem a vida na Terra" na Exposição "A Aventura da Terra"
5. Haverá evolução nas espécies?
Também devido às inúmeras
alterações que o Sistema Terrestre sofre, e consequentemente os seus quatro
subsistemas, em particular a Biosfera é possível a evolução das espécies. A
evolução das espécies não é nada mais, nada menos do que a adaptação das
espécies ao meio em que vivem, como o exemplo da questão 6.
Fig. 5.1 - A Terra na Exposição "A Aventura da Terra"
6. Poderão ser descobertas novas espécies?
A descoberta de novas espécies é
constante, além do avanço Tecnológico e Científico, cada vez existem mais
cientistas a investigarem o aparecimento de novas espécies. Por isso a
descoberta de novas espécies é tão grande.
Um grande exemplo de evolução nas
espécies é a Ficus macrophylla, esta
planta é mais vulgarmente conhecida como Figueira da Austrália e/ou Árvore
Estranguladora. Esta planta é característica das florestas tropicais, que são
muito densas e esta planta para obter o sue espaço e desenvolver-se aproveita-se de outras como suporte para as suas
raízes aéreas que quando atingem o solo se desenvolvem e acabam por “estrangular” as outras plantas.
Fig. 5.1 - Ficus macrophylla no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.
Fig. 5.1 - Pormenor das raízes da Ficus macrophylla no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.
Fig. 5.1 - Informação sobre a Ficus macrophylla no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.
7. Qual será a evolução da
espécie humana?
Segundo
os investigadores, nenhuma espécie vai parar de evoluir, embora algumas
espécies consigam evoluir mais rapidamente que outras. Steve Jones, um cientista inglês,
acredita e defende a ideia de que o tipo de homens que encontramos no mundo,
hoje, é o único que haverá, pois os seres humanos não ficarão mais fortes,
inteligentes ou mais saudáveis.
De
acordo com o cientista, existem fatores que influenciam a evolução da espécie
humana, como o facto de que um homem com 50 anos, já copiou e passou de novo mais
vezes o espermatozoide original que o criou do que um homem com 29. De cada vez que o espermatozoide é copiado e passado, ocorrem
divisões celulares, cada uma com possibilidades de transmissão de doenças.
Desta forma, com menos pais em idade avançada, existem menos possibilidades de
passar para a geração seguinte, doenças prejudiciais para a vida de um ser
humano.
O tempo médio de vida
do ser humano tem vindo a aumentar, devido à melhorada alimentação e ao aumento
dos cuidados médicos. Isto significa que as populações incluem cada vez mais
gerações, e têm uma vida cada vez mais longa. No entanto, surgem novos agentes
criados pelo Homem, cujas consequências só serão visíveis daqui a muitas
gerações (como por exemplo, as radiações nucleares, alterações climáticas,
etc). No entanto, a exploração desastrosa dos recursos naturais num mundo
finito tem que ser travada, sob pena de encurtar a evolução da espécie humana. Steve
Jones afirma ainda que ocorrerão mudanças, não físicas, mas mentais no futuro.
8. Como surgiu o Homem?
Ao longo da História, desenvolveram-se diferentes teorias para justificar o surgimento do Homem.
Uma das teorias tem de nome Criacionismo, que consiste na convicção de que o universo e a vida foram criados por uma entidade superior nomeadamente um Deus. O criacionismo não é aceite no meio científico, pois não pode ser confirmada com bases científicas.
Existe, porém, uma teoria com base na ciência - o Evolucionismo. Segundo esta teoria, a vida humana seria o resultado de uma série de modificações sofridas pelas espécies. Na evolução da espécie humana é possível distinguir certas espécies de antropóides que se adaptaram ao meio; Homo erectus, que fabricou utensílios e ferramentas e mais tarde o Homo sapiens, que devido à sua capacidade intelectual, dominou o habitat.
Os hominídeos constituíram uma família cuja única espécie atual é o homem (Homo sapiens sapiens). O Hominídeo fora considerado o mais antigo representante da humanidade.
Tais modificações ocorreram de forma gradual e lenta, somada às inúmeras alterações no meio ambiente, dando origem à formação de novas espécies. Dentro da evolução dos mamíferos, mais especificamente dos primatas, surgiu então o homem.
Fig. 8.1 - Surgimento do Homem
(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3QmGgvR34fPZtnOcb7sGa4dJ_j2x-V-Aq8cWiRfNK2gyUpvxdOUYlAcnUZzmC8BNBE8wLzbYtIUonwp4o5ayf3jK-U08mY_sMv6I7eG4Rg7WQJ5YayWn_jCCGyT4F54P1Uw3801cqruc/s1600/eh.jpg)
(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3QmGgvR34fPZtnOcb7sGa4dJ_j2x-V-Aq8cWiRfNK2gyUpvxdOUYlAcnUZzmC8BNBE8wLzbYtIUonwp4o5ayf3jK-U08mY_sMv6I7eG4Rg7WQJ5YayWn_jCCGyT4F54P1Uw3801cqruc/s1600/eh.jpg)
Para saber um pouco mais...
9. Porque é que só o Homem
evoluiu demonstrando capacidade de raciocínio?
O homem tem uma capacidade de transformação no que diz respeito ao seu
meio social, conseguindo, também, uma modificação do seu espaço natural que as
outras espécies não têm. É indiscutível que o ser humano atual é mais
inteligente, pois vive num ambiente mais rico e complexo. No entanto, todos
nascem com as mesmas potencialidades, mas desde a infância que se vão tornando
mais ou menos inteligentes, em função da educação, dos estímulos e da vontade
própria de aprender.
O cérebro do homem tem vindo a evoluir e a crescer ao
longo de milhões de anos e, prevê-se, que daqui a um milhão de anos, o seu
cérebro do homem seja três vezes maior que o atual e que tenha uma estrutura
diferente.
10. Poderão voltar a existir espécies já extintas?
Já foram feitas inúmeras experiências neste campo, de maior ou menor sucesso. Já foi possível clonar animais de espécies extintas há vários milhões de anos, através de transferência nuclear de um óvulo não fertilizado de um hospedeiro de uma espécie atual com o núcleo de uma espécie extinta. Com este método, já foi possível trazer de volta à vida uma espécie já extinta (Íbex dos Pirenéus, Capra pyrenaica pyrenaica (fig. 10.1)), apesar da sua curta vida, por morte devido a insuficiências pulmonares. Contudo, apesar das adversidades posteriores, foi possível trazer de volta à existência uma espécie extinta.
Fig. 10.1 - Capra pyrenaica pyrenaica (http://blogs.scientificamerican.com/media/inline/blog/Image/Spanish_ibex.jpg) |
Encontramos presente neste método, o chamado “Museomics”, isto é, a técnica de reproduzir animais extintos cruzando ADN de espécies presentes na atualidade com ADN pré-existente e arquivado (em museus, por exemplo, e daí o nome desta técnica) da espécie extinta (fig. 10.2 e fig.10.3). Para possibilitar esta recuperação, na eventualidade da extinção de uma espécie, encontram-se conservadas células reprodutoras de inúmeras espécies, em azoto líquido (substância que preserva as ditas células, através da criopreservação), os frozen zoo’s. Então, será possível, através de fertilização in-vitro, voltar a existir seres vivos dessa espécie. Estes seres vivos seriam reintroduzidos no habitat natural dos antepassados dessa espécie.
Fig. 10.2 - Mamute,
uma espécie extinta (http://i15.photobucket.com/albums/a395/bishoplm/800px-Wooly_Mammoth-RBC.jpg) |
Fig. 10.3 - Figura
3 – Tigre da Tasmânia, uma espécie extinta (http://www.toptentop.com/wp-content/uploads/2012/10/top_10_animals_that_no_longer_exist_Tasmanian_Tiger.jpg?3d1956) |
Para saber um pouco mais...
Nick Kilzer, Editor Científico da World Book Encyclopedia, explica a técnica que poderá trazer os Mamutes de volta à existência:
Nick Kilzer, Editor Científico da World Book Encyclopedia, explica a técnica que poderá trazer os Mamutes de volta à existência:
Para pensar:
Até que ponto é legitimo e ético da nossa parte trazer de novo espécies que se extinguiram, como o Mamute? Será o habitat o adequado? Quais as consequências?
11. O que existiu antes do Big Bang?
No mundo científico, existem variadíssimas conjeturas, mas nenhuma delas é uma certeza. Pensa-se que antes do Big Bang, isto é, há mais de 13,7 biliões de anos, existiu a singularidade. Por singularidade, entenda-se um único ponto onde tudo estaria concentrado (e com “tudo” leia-se energia, matéria, tempo, espaço). Neste único ponto, extremamente quente e denso, tudo estava contido e, segundo a Teoria do Big Bang, não existia nada para além disso, não se aplicando as Leis da Física quer dentro ou fora dele. É também atualmente aceite que todo o Universo é resultado do interior da singularidade (fig. 11.1 e fig. 11.2) e o exterior (o nada) deu origem a nada, isto é, que não existe nada para além do Universo.
Com isto, temos que o Big Bang se deu em qualquer ponto do espaço, pois todos os pontos do espaço estavam contidos num mesmo ponto, na singularidade. A conceção mental de um único ponto que contenha tudo e um nada absoluto à sua volta.
Acontece que a partir da referida Teoria do Big Bang, nascem outras teorias que a completam. Aliás, existe uma Teoria, a Teoria de Lee Smolin, que postula que o Big Bang foi o início do nosso Universo, mas que este parte de outro Universo (baseando-se na Teoria da Evolução de Darwin, ou seja, o Universo atual preservaria características do Universo de onde surgiu, embora apresente algumas variações). Smolin propôs que o ponto onde tudo se concentrava antes do Big Bang, a singularidade, é não mais que o resultado de um buraco negro situado noutro Universo (ou seja, que o nosso Universo é o “outro lado” de um buraco negro). Para fundamentar esta Teoria, Smolin realça a grande coincidência entre um buraco negro e o ponto antes do Big Bang: são ambas singularidades (onde não existe tempo nem espaço), logo o tempo e o espaço podem ter acabado num buraco negro de outro Universo, e terem voltado a existir após a explosão, o Big Bang, neste Universo.
Sendo assim, estamos ainda longe um resposta concisa pois, se o nosso Universo teve origem noutro Universo, esse Universo terá sido originado de quê? Se originou de outro Universo, então esse Universo terá originado de quê? Podemos continuar com esta sucessão de questões infinitamente, e por isso, foi ainda proposta uma outra teoria: a Teoria das Cordas. A Teoria das Cordas diz que todas as partículas subatómicas são como cordas que vibram e que, consoante a sua vibração, originam diferentes tipos de partícula. Neste cenário, seriam necessárias dimensões extra, para acomodar as cordas, que são as três dimensões atualmente conhecidas (ou 3D, como são geralmente abreviadas). As cordas estariam dispostas por membranas (as membranas 3D) numa quarta dimensão e, eventualmente, fruto da vibração das cordas, as membranas podem tocar-se, chocando. Este choque originaria uma enorme explosão, no ponto de colisão, dispersando toda a matéria dentro dessa membrana, em todas as direções criando um Universo (ou seja, ocorreria um Big Bang). Portanto, segundo esta Teoria, o Universo terá nascido de um espaço bastante maior, bastante mais complexo e que tem todas as capacidades para ter originado mais Universos para além daquele em que nos encontramos.
12. Haverá outros sistemas solares?
Sim, são atualmente conhecidos inúmeros sistemas planetários (isto é um conjunto de astros que orbitam uma estrela (fig. 12.1), sendo até agora identificados 843 exoplanetas (ou seja, planetas exteriores ao nosso Sistema Solar), entre eles, foram detetados inúmeros planetas gasosos. Assim sendo, será possível que tenha existido uma diferenciação de materiais, por diferença de ponto de fusão, dentro do sistema. Com isto, temos que é possível a existência de planetas interiores menores e com características bem semelhantes aos planetas interiores do nosso Sistema Solar. Esta hipótese fundamenta-se com o facto de terem sido detetados alguns exoplanetas bastante semelhantes à Terra, com possibilidades de albergar vida, como Gliese 581 C. No entanto, estes casos são raros e a maior parte dos exoplanetas são de tamanho semelhante (ou até superior) ao de Júpiter, embora com órbitas mais próximas da sua estrela que Júpiter.
Note-se que foi respondido “sistemas planetários” ao passo que na pergunta está referido “sistemas solares”, sucedendo esta situação devido ao facto de o Sistema Solar ser, justamente, um sistema planetário em que a estrela é o Sol (daí ser denominado de Sistema Solar).
Alguns dos sistemas apresentam características bem semelhantes ao nosso Sistema Solar, sendo-nos até possível afirmar que a Terra tem “irmãos”.
Os restantes sistemas planetários cuja estrela não é o Sol, têm a denominação de sistemas extrassolares, obtendo também a designação referente à estrela de cada um desses sistemas. São exemplos: Sistema Gliese 581 (fig. 12.2), Sistema 51 Pegasi, Sistemas 70 Virginis, Sistema 47 Ursae Majoris, etc.
Fig. 12.1 - Representação
computorizada de um sistema planetário (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e6/Artist_Concept_Planetary_System.jpg/1280px-Artist_Concept_Planetary_System.jpg) |
Fig. 12.2 - Gliese 581
13. Existiu evolução nas células?
Sim, existiu essa evolução. Dos primeiros seres a
existirem na Terra foram, justamente as células, iniciando-se por um sistema
simples, mas até hoje estas sofreram alterações.
Como decorreu essa evolução?
Como decorreu essa evolução?
Fig. 13.1 - Maqueta de uma possível célula.
(Imagem fotografada a partir da exposição do Museu Nacional de História Natura
- Antes do surgimento das células existiam grandes massas líquidas, ricas em substâncias de composição muito simples.
- As células surgiram através de misturas de componentes químicos e factores físicos. A origem da células deu--se à 3 800 M.a. através do desenvolvimento de compostos como amónia, hidrogénio, água, metano, etc..
- As células são as unidades estruturais e fundamentais dos organismos. Daí, as células foram as responsáveis para a existência dos primeiros organismos vivos, - seres unicelulares (3800 M.a.). Os primeiros seres unicelulares foram as bactérias.
- Dada a evolução das células deu-se a distinção de dois tipos, as células procarióticas e eucarióticas.
Células procarióticas – célula com uma estrutura simples sem
núcleo individualizado (bactérias). [Fig.13.2]
Células eucarióticas – célula com uma estrutura complexa com
núcleo individualizado (seres humanos).[Fig.13.3]
Fig. 13.1 - Célula eucariótica Fig. 13.2 - Célula procariótica
(Imagem fotografada a partir da exposição "A Aventura da Terra" do Museu Nacional de História Natural e da Ciência)
Estabeleceu-se uma ligação entre estruturas e diferenciação de funções entre células unicelulares o que deu origem aos seres multicelulares (1500 M.a.). Os primeiros seres multicelulares foram as algas.
Fig. 13.3 - ser multicelular (Imagem fotografada a partir da exposição do Museu Nacional de História Natural)
Este facto só levou a grandes vantagens para a
evolução da vida. As vantagens são:
Para saber um pouco mais...
14. Qual foi a primeira espécie a existir no planeta?
A Terra no inicio da sua formação, era como que uma bola de fogo a
temperaturas bastantes altas onde a actividade geológica era ,relativamente,
activa. Milhões de anos depois esta entrou num processo de resfriamento,
criando-se, assim, uma fina camada de rochas resultante do arrefecimento da
lava e onde essa lava libertada, durante as erupções vulcânicas condensou. Uma
das consequências desse arrefecimento, para além da formação de uma fina camada
de rochas, foi a libertação de vapor da água e de alguns gases. Esses gases
libertados, com a ajuda da força gravítica formaram uma atmosfera primitiva e o
vapor de água nuvens, que consequentemente iriam provocar pluviosidade. Estas
chuvas originaram os primeiros
oceanos primitivos que era muito ácidos devidos ao tipo de gases provenientes
da condensação do magma.
Fig.14.1- Formação da atmosfera e dos oceanos primitivos http://umavisaoterra.pbworks.com/f/Img1.jpg; http://umavisaoterra.pbworks.com/f/1200523988/img2.jpg
A teoria anterior foi possível porque as
primeiras formas de vida, os primeiros seres, começaram por existir e
desenvolver-se na água, pois era aqui que se encontravam as condições para tal.Assim, as primeiras formas de vida a existir
no planeta foram as bactérias, mais propriamente as cianobactérias. Eram seres extremamente simples, que ao longo do
tempo ganharam a capacidade de formar o seu próprio alimento através do
processo da fotossíntese. As formas de vida actuais semelhantes a estas são as
hipertermófilas.
Características das cianobactérias: --> São encontradas com diversos formatos bastonetes, esferas e filamentos; --> São autotróficos, já que a fotossíntese é a principal forma de obtenção de energia; --> Medem apenas alguns micrómetros, ou seja, podem ser vistas somente com a ajuda de microscópios; --> Não possuem membrana nuclear.; --> Podem ser encontradas no formato unicelular, em colónias de cianobactérias unicelulares ou apresentam organização em forma de filamentos; --> Grande parte possui reprodução assexuada.
Assim, podemos dizer que a vida surgiu no éon arcaico à cerca de 2,5 Milhões
de anos. Aqui fica um esquema resumo:
Para saber um pouco mais...
15.a. O que acontecerá se o Sol desaparecer?
Os recursos naturais são elementos da natureza que são úteis ao Homem
no processo de desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da
sociedade em geral. Para além da espécie humana, todas as outras necessitam
deles, dos recursos naturais, para assegurar a sua existência.
|
Fig. 19.1 - Ciclo
de vida do Sol (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/22/Ciclo_de_vida_do_sol.PNG) |
Outro cenário, bem diferente, é o desaparecimento súbito do Sol, como que por magia. Neste cenário, as consequências seriam catastróficas, pois o Sol, como estrela do nosso Sistema, é essencial, pois proporciona as condições necessárias à existência de vida na Terra. A energia solar, na intensidade com que atinge a Terra (isto é, uma intensidade apropriada, nem em demasia nem insuficiente) é fonte energia de inúmeros mecanismos vitais (como a fotossíntese das plantas), é responsável pela temperatura amena da Terra, fornece iluminação, orientação geográfica, etc.
- As plantas seriam incapazes de realizar a fotossíntese, por falta de radiação solar, acabando por morrer, por falta de alimento. Com isto, o ar terrestre não sofreria reciclagem, reduzindo-se assim os níveis de oxigénio;
- Esta falta de oxigénio levaria à extinção dos restantes organismos terrestres. A causa desta extinção pode também ser a inexistência de plantas que representam o primeiro nível trófico das cadeias alimentares (ao desaparecer todo o primeiro nível trófico, os outros desapareceriam posteriormente, por falta de alimento, dando-se a extinção sucessiva da cadeia);
- A temperatura na Terra seria fortemente afetada (calculando-se a sua descida para os -18ºC numa semana e para os -129ºC num ano, descendo gradualmente até aos -240ºC);
- O sistema nervoso do Homem seria fortemente afetado (para além do pânico fruto do desaparecimento da estrela), por perturbação do ritmo circadiano. Isto é, por falta de diferença entre dia e noite natural (devido à ausência de luz solar), o cérebro não saberia em que período deveria repousar ou manter-se alerta, perturbando o sono e causando problemas nervosos que se refletiriam na saúde do indivíduo.
- Os planetas do Sistema Solar não orbitariam uma estrela, saindo das suas órbitas e podendo vaguear pelo espaço, com eventuais colisões.
Revisto pela professora estagiária.
ResponderEliminarrevisto pela professora estagiária
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